Refleti durante o dia de hoje sobre o que escrevi ontem, e realmente expor algo assim para as pessoas num canal aberto de comunicação é algo sempre complicado, principalmente por causa das inúmeras interpretações a respeito do tema.
Pensei em explicar o motivo pela qual este texto do Caio Fernando Abreu me atraiu tanto assim. No entanto, como diria a sabedoria popular, "piada boa não precisa explicar".
Sem entrar muito no mérito desta questão, este post "rapidinho" é para evidenciar como um mesmo sentimento pode ser demonstrado de muitas formas.
O que principalmente me atraiu neste texto foram os dois processos muito evidentes: a perda e o recomeço.
"Perdas e recomeços" também me remete a um poema do Vinícius de Moraes, musicado pelo Tom Jobim. Na verdade, reza a lenda que a letra é da Dolores Duran, feita em cima de uma melodia que o "Tom" estava compondo e que tinha dado para o Vinicius letrar. No entanto, conforme as próprias palavras da Dolores, ela vira para ele e diz: "Vinicius, outra letra é covardia". E ele descarta o poema que compusera e a letra da Dolores foi a que ficou para a melodia.
Eu diria, no meu mais humilde conhecimento sobre esta vida que nos cerca, que a letra dessa música diz a mesma coisa que o texto anterior. As figuras que a linguagem do texto constrói na minha cabeça, enquanto ouço a música, é muito semelhante ao cenário do texto do Caio Fernando de Abreu.
Bom, pelo menos isso é o que eu acho... =)
Em suma, um mesmo sentimento pode ser demonstrado de muitas formas: ontem eu escrevi com drama e hoje eu escrevo com amor.
E os duas coisas falam exatamente sobre as mesmas coisas...
"Ah, você está vendo só
Do jeito que eu fiquei e que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples que você tocou
A nossa casa, querido
Já estava acostumada aguardando você
As flores na janela
Sorriam, cantavam por causa de você
Olhe, meu bem
Nunca mais nos deixe, por favor
Somos a vida, o sonho
Nós somos o amor
Entre, meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau
Lhe levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore, meu bem"
Do jeito que eu fiquei e que tudo ficou
Uma tristeza tão grande
Nas coisas mais simples que você tocou
A nossa casa, querido
Já estava acostumada aguardando você
As flores na janela
Sorriam, cantavam por causa de você
Olhe, meu bem
Nunca mais nos deixe, por favor
Somos a vida, o sonho
Nós somos o amor
Entre, meu bem, por favor
Não deixe o mundo mau
Lhe levar outra vez
Me abrace simplesmente
Não fale, não lembre
Não chore, meu bem"
Hoje eu ficarei devendo fotos. E no próximo post, apenas Memórias de um Fotógrafo Desconhecido serão publicadas.
E de preferências as memórias boas!
Abs